Vitória vai usar dinheiro de David no Profut



Com rombo no orçamento, e precisando de dinheiro para equilibrar o caixa, o Vitória não teve forças para negociar uma melhor venda do atacante David para o Cruzeiro de Minas Gerais

Foto: Divulgação/Flickr Vitória

A direção do Vitória ainda não deu como oficial a venda do atacante David, 22 anos, para o Cruzeiro de Minas Gerais. Além de não relevar os valores exatos da negociação, especulada em R$ 8 milhões, tem ainda a definição dos dois jogadores que serão incluídos na transação. Mas é um acordo sem volta, porque o Rubro-negro baiano necessita com extrema importância deste dinheiro para resolver seu débito com o Profut e não sofrer punições que irão afetar o equilíbrio financeiro do clube em 2018.
Em agosto de 2015, a então presidente Dilma Rousseff, sancionou uma lei que criou o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, que ficou popularmente conhecido como Profut. A ideia era renegociar as dívidas tributárias com o governo, além de criar dispositivos legais que garantissem uma gestão profissional e responsável dos clubes.
O Vitória é um dos clubes que aderiu ao Profut para a redução de dívida, na Lei que busca garantir responsabilidade fiscal dos clubes de futebol e um dos seus artigos trata da obrigatoriedade de respeitar os limites do déficit em relação ao total de arrecadação do exercício do ano anterior. Metade do dinheiro da venda de David ao Cruzeiro terá que entrar no caixa do clube para cobrir o descumprimento da lei, que só permite que o déficit do exercício seja no máximo de 10% da receita do ano anterior. O déficit do Vitória chegou a R$ 15 milhões quando só poderia chegar a R$ 11 milhões, zerando o caixa.
Por isso, para adequar financeiramente o clube, o presidente Ricardo David só conseguiu aprovar junto ao Conselho Deliberativo um orçamento de R$ 16 milhões. Esse valor servirá para contemplar os dois primeiros meses de 2018. Em fevereiro, a equipe do novo presidente vai apresentar uma proposta de orçamento para o ano, já que a única apresentada foi rejeitada pelo Conselho. 
Elaborada por Marcos Chiarastelli, diretor-geral contratado pelo ex-presidente interino Agenor Gordilho, a proposta vetada previa arrecadar R$ 94 milhões em 2018. Sem responsabilidade financeira os clubes correm risco de serem rebaixados e substituídos pelos melhores colocados da divisão inferior e perder direito às certidões negativas que garantem o contrato do patrocinador máster, a Caixa econômica Federal. Davi teve que ser vendido para salvar as destruídas finanças do Vitória.

tribuna da bahia

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